Essa vida solidão
É sentir-se rejeitado
É sentir-se desprezado
Pelo amor do coração
Essa vida sem caminho
É amar sem ser amado
É um dia ensolarado
Com pedrinha e espinho
O desprezo da mulher
É sinal de inspiração
É traçar um vil refrão
Pra cantar como quiser
Essa vida sem canção
É deitar pelo silêncio
E cheirar todo incenso
Que queimar da ilusão
Essa vida sem quimera
É olhar despercebido
Para um rumo sem sentido
Ou fugir de quem espera
Essa vida sem um par
É querer vôo aberto
Enfrentar mortal deserto
Para então se libertar
Se o passo vai perdido
Quem o pode requerer?
Quem escolhe o que fazer
Quando o peito dói ferido?
Essa vida de bandido
Que me faz demais Poeta
Me atinge e me afeta
E me deixa aturdido
E se caio atordoado
Em teus pés, oh minha amada
O teu beijo é uma espada
Que me deixa espedaçado
Pois que digo, vida minha
Eu prefiro a caneta
Do que ser só um pateta
Pra chamá-la de rainha.
Pimenta Bueno, 24 de Setembro de 2009.
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