quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Como cão tuberculoso

Essa tosse incomoda
Essa noite não dormi
Meu estômago doeu
Com a raiva que passei

Fazes raiva e adormeces
Nem te ligas com meu sono
Eu na cama acordado
E jogado ao abandono

Tu não cuidas mais de mim
Como em tempo passados
Eu que sou o teu cativo
Faço sempre o teu agrado

Mas eu saio dessa vida
De um jeito ou de outro
Pois não quero a comida
Que comigo não partiste

O meu peito está ferido
E o coração em chamas
O relógio vai rodando
E eu rolando sobre a cama

Essa noite eu tossi
Como cão tuberculoso
A procura de um dono
De comida e carinho

Eu só quero o teu carinho
Bem aquele que não dás
Eu só quero um beijinho
Um colinho... nada mais...

E quem sabe o botãozinho
Da roseira que cultivas
Tuas pétalas eu quero
E o teu cheiro de essências

Não judies mais de mim
Pois te amo musa minha
Teu cachorro está grunhindo
Com o rabo entre as pernas.

Londrina – 9/9/09

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