quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Em um canto que não canto

Esse canto que não canto
Num soneto improvisado
Vai... me deixa meio tonto
Nesse canto aqui deitado

A menina da bagunça
Que bagunça nossa vida
É menina escondida
Pela casa no escuro

Co’essa cara de menina
Ela esconde um demônio
Que bagunça a bagunça
Da minha vida desmedida

E em tudo achas graça
Com teu ar mais debochado
Não te enganes, meu amor
Há um crime engavetado

Os espíritos que rondam
Nossa casa... nossa vida...
São espíritos que giram
Na ciranda escolhida

São as músicas que tocam
Que invocam divindades
São as músicas dos bares
Que infestam tantos males

Em um canto que não canto
Um refrão dita a morte
E um outro dita o roubo
E outro destruição

Nesse canto que não canto
Há poder de uma palavra
Há a força de um batuque
Samba, rock e cirandinha

Essa letra não é minha
Não é meu este encanto
Pois deitado no meu canto
Nada mais tenho empunhado

Eu deixei minhas adagas
Minhas velas e tambores
E na busca de outro canto
Eu terei novos valores.

Londrina – 10/9/09

Nenhum comentário:

Postar um comentário