quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Que saudades, minha princesa

Minha princesa
Recordo-me de ti
Eras a minha princesa
Eras a nossa alegria
Quanta alegria
Quanta pureza
Eras a minha princesa

Em ti habitava o meu orgulho
De ser chamado, pai
Recebi os teus beijos
Recebi teus abraços
Mas se soubesse
Que tão cedo partirias
Ah minha princesa
Muito mais te amaria.

Hoje sou um palhaço triste
Olhando a tua ausência
Guardando ao fundo da gaveta
Aquele nariz vermelho
Que tu tanto querias
E eu não te dei...
Ai minha princesa
Minha alma pesa
E minhas lágrimas caem.
Ai minha princesa
Que espaço vazio deixaste
Neste meu pequeno coração.

O Pai te guarda
E tú estás feliz
Não és mais a minha princesa
És a alegria do Senhor
Escolhida para salvação.

Te amamos minha princesa
E sentimos a tua falta
A falta do teu sorriso
A falta do teu olhar
A falta das tuas gargalhadas
Das coisas mais simples
Dos teus desenhos na escola
Do orgulho das tuas professoras
Quando falavam de ti.

Adeus minha filha amada
Logo a gente se encontra
Para sempre...
Te amo!!!

Porto Velho, 8 de Setembro de 2010.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Depois da escuridão

Dias negros eu passei
Quando louco descobri
Que tu eras outra pessoa
Que tu eras outra mulher
Que tu eras mais capaz
Que as minhas capacidades,
Que tuas atrocidades
Me continham mais veneno.

Teu punhal envenenado
Atravessou-me o peito
Atirou-me sobre a cama
Restringiu-me a solidão
E me trouxe o gosto amargo
Que enroscado na garganta
Fez-me soluçar o fel
Sentindo o sal de lágrimas
Que rolavam sobre o ódio.

E depois da escuridão
Em que havia mergulhado
Vi brilhar no teu olhar
Uma luz que jamais vira.
Aplacaste-me a ira
Perdoaste-me o pecado
Afagaste-me a face
E pediste-me o perdão.

Encho-me da tua luz
Beijo-te a boca doce
Abraço-te e descanso
Teu colo afaga minh'alma
Teus seios recebem meu ser
E fazem ferver o amor
Que ressuscitou
Dentro deste corpo
Doente e quase morto.

Quero cantar a tua música
E chegar até aos céus
Guiado por tuas mãos
Tendo-te ao lado
Com esse teu sorriso
Que acalanta o meu ser.

Porto Velho, 7 de Setembro de 2010.

Calmaria em teu olhar

Entre as loucuras que trago
Resquícios que não me largam
Mas que um dia abandonarei
Por amor de ti,
Me vem a lembrança
Do seu sorriso mais sincero
Acalanto para minha alma
Que teima em se perder no vício
E que trago a curtas rédias
Para que não me leve ao inferno
E me aparte eternamente
Desta calmaria em teu olhar.

Porto Velho, 7 de Setembro de 2010.