segunda-feira, 26 de setembro de 2011

De volta à casa abandonada

O meu blog me olha com olhares de saudade
Minha foto na parede em preto e branco guarda mistérios
Leio poemas virtuais apresentando realidades em devaneios
E eu devaneio e me perco nas entrelinhas
De uma saudade que não sinto
De uma pessoa que não existe
De um dia que não está na história de ninguém
De uma noite sem estrelas; sem lua; sem dança: Só Poesia.

A cabeça dói devagar
Como se a dor estivesse com preguiça de doer.
Mais uma pastilha para desinflamar a garganta
Mais uma hora ao computador com essa cara de anta
E mesmo assim... assim mesmo...
A saudade permanece e não vai embora.
E agora, ó casa abandonada?

Deitar-me-ei no velho tapete
Olharei para o teto repleto de teias
E dormirei o sono do cansado
O sono do soldado depois da batalha
O sono de quem veste a mortalha
O sono deste poeta... sono de Dado.

Um comentário:

  1. Com certeza este blog te olhava com olhares de saudades, não o abandone novamente, ele é muito bom, você escreve muito bem.
    Obrigada pelo comentário na minha humilde página, precisamos muito nos encontrar um dia e curtir um som decente!!!
    beijos

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